Órfãos
sonho constantemente com casas: em algumas nasço, outras invado formas do abandono pedidos de clemência. *** gosto de modificações corporais por uma impressão de sutura os limites convencionados até onde vai a agulha a interrupção do corpo a alíquota inevitável sobre a dor comprada. * Andrômaca para a Carol E como não tivesse amigos no Méier e não fosse homem, fui inventando outros meios de inserção. Na linguagem o jogo é sempre venal. Não há nenhum dia em que não me sinta prostituído. O mito e a história, o esforço atípico na depuração das manchas. Poemas, mercadorias. A inviabilidade da vida, de todas as espécies, a hereditariedade do abismo. Eu escolho o tempo da paranoia: nas areias nas ruínas estatuário morfético (uso ainda, por decoro, indumentária cerimonial). - Afinal, o que querem de mim? Sempre me arrancam dos braços dos outros. Eu que sou principalmente um violador de identidades um invasor de casas um debochado nas fronteiras. - Haverá mulher capaz de amar-me? Sou uma aberração, mas sou a festa daquela que me olha, artífice nos diagnósticos. Na literatura, na vida é preciso alguém que lhe diga: eu não procuro um corpo que seja possível eu procuro uma mulher para chamar de apostasia. * Nova política econômica partida ao meio, aberta para toda sorte de descalabro toda molhada de desastres se você aceitasse as desculpas as amarras de tua cadela atenta faz sempre rir a Morte com todas as máscaras e a ninguém mais ensine marcas de cigarro táticas de guerrilha a acusação do amor até o córtex na compleição das vértebras nas chicotadas me adivinha o gesto que o fogo move e no coração a ranhura
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Novembro 2021
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