Silêncio
Mariano, 27 de Junho 1916 Conheço uma cidade que todos os dias se enche de luz e nesse instante tudo se encanta Eu parti certa noite No meu coração o estremecer das cigarras continuou Da branca embarcação eu vi a minha cidade desaparecer e deixar um enlace de luzes por um momento no ar turvo suspensas * Eterno Entre uma flor colhida e a outra dada o inexprimível nada * Calma As uvas estão maduras, o campo lavrado, A colina desprende-se das nuvens. Nos espelhos empoeirados do verão A sombra caiu, Entre dedos incertos O seu brilho é evidente, E distante. Com as andorinhas voa A última angústia. * Últimos Coros Para a Terra Prometida 27 O amor já não é aquela tempestade Que no fulgor da noite Ainda há pouco me prendia Entre a insónia e o frenesim, Luz de um farol Para o qual o velho capitão Calmamente navega
0 Comentários
Enviar uma resposta. |
Histórico
Novembro 2021
|
Proudly powered by Weebly