Violência natural
Intrigam-me as savanas, A bestialidade das feras, O som das serpentes quando deslizam, Assim como as tuas mãos que acariciam as minhas pernas. Rasuras, A psique mantém-se. Mas a modorra dos dias de inverno arrasta-se E a guerra não acaba – Os tanques andam lentamente, disparando. Quanta graciosidade em monstros, Esta violência natural diluída nas veias – O vislumbre de uma exterminação diária Como hienas no deserto: Arrasam tudo. * Eu sou o Império da decadência Eu sou o Império da decadência, A supremacia do ser abandonado No pavor noturno, que atrofia com o verbo Querer. Esta síndrome da aflição: contraditória, sufocante Incomoda. Mas o paciente é paciente, Estranhando a razão etílica, Disseca qualquer argumento sanguíneo E repete continuamente: O bisturi não corta o poder.
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Novembro 2021
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