(abstrato e sentimental)
O horror das redes são os ciclos, talvez por isso a imagem da árvore ou da estrela se adequem melhor à ilustração da sua topologia. As redes, nos seus momentos de avalanche e de cheia, em que buscam referenciais para retomar a linearidade da perspetiva atómica que naturalmente buscam, podiam muito bem encontrá-los entrando e saindo de círculos hermenêuticos. Não vejo porque se pode ter medo de escrever hermenêutico num poema, se hermenêutico for falsa moeda verdadeira. Quem diz círculos hermenêuticos diz círculos de compreensão, diz colecionar comprimidos mortais, diz levar um chapadão de espanto. As redes têm horror a ciclos, lembra-te disso, antes de sair desta sala já. (descritivo e caricatural) Onde colocar o Olimpo de uma secretária, como endireitar a silhueta do serviçal "o intelecto tem uma escolha a fazer" a um canto um chefe saco-cheio com um filho atleta, como eu e tu, jovem, a fazer biscates de construção na Suíça, um jovem árbitro no outro canto, sem enlouquecer, que cursa uma inutilidade americana, outro, um colega negligente e direito. Temos as nossas vitorias menores e honestos lapsos de memória estas manhãs pulsam com a cândida luz, o otimismo de esperar do outro o melhor. O motor da prosperidade dá os seus aquáticos soluços, o gospel empresarial não recrutou por cá as mãos soldadescas, o mínimo que podemos fazer é dar uma gargalhada fanfarrona. O maior veneno, pode ser devolvido ao mundo como um luminoso Selah, antes de sair desta sala já.
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Novembro 2021
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